Vida e Obra de B.F. Skinner (1904 - 1990)
16:07
Burrhus Frederic Skinner nasceu no dia 20 de Março de 1904 em Susquehanna,
Pensilvânia, onde viveu até ir para o colégio.
Segundo seu próprio relato, seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto. Ele freqüentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de façanhas.
Pensilvânia, onde viveu até ir para o colégio.
Segundo seu próprio relato, seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto. Ele freqüentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de façanhas.
A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova
York. Ele escreveu: “Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica
sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram
atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha
cabeça... Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me
obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase
nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um
rebelde declarado".
Com parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a comunidade
acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração. Sua desobediência
continuou até o dia da graduação, quando na abertura das cerimônias, o diretor o alertou e aos seus
amigos que, se não se comportassem, não colariam grau.
Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo
de tornar-se escritor. Quando criança, tinha escrito poemas e histórias e, em 1925, num curso de
verão de sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho.
Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever e então decidiu que não tinha nada importante a dizer. Sua falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que ele pensou
em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada.
Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas
investidas, deixando-o com o que ele descreveu "com intensa dor física". Skinner ficou tão perturbado
que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde ela ficou durante anos.
Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu interesse
literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de
psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação,
disse ele, "não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de
uma alternativa intolerável". Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de
dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua
principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma
resposta.
Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota
(1936-45) e na Universidade de Indiana (1945-47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, O Comportamento dos Organismos, descreve os pontos essenciais de seu sistema. Cinqüenta anos
mais tarde, esse livro foi considerado um dos poucos livros que mudaram a face da psicologia
moderna e ainda é muito lido. Seu livro de 1953, Ciência e Comportamento Humano, é o manual
básico da sua psicologia comportamentalista.
Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com o
mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele
construiu, no porão de sua casa, sua própria caixa de Skinner, um ambiente controlado que
propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas
suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir
toda noite às três, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e
despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade
para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado Auto-Administração Intelectual na
Velhice, citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que
o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a
pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na
velhice.
Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA,
em Boston, apenas oito dias antes de morrer. Nela, ele atacava a psicologia cognitiva. Na noite
anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, Pode a Psicologia ser uma Ciência da
Mente?, outra acusação ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.
Referência:
Schultz, D, & Schultz, S.(1981). História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix.
1 comentários
Eu adorei. Só em saber quer nascemos no meio dia! E no mesmo mês. Por eu fazer. Psicólogia decidir. Seguir a mesma teoria de skinne.
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